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terça-feira, 14 de junho de 2011

Bebê de cinco meses morre infectado com superbactéria

Exame laboratorial feito em hospital privado onde a criança estava internada confirmou a existência da KPC
Luiz Carlos Lima



A bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), conhecida popularmente como "super bactéria", pode ter feito sua primeira vítima fatal na Paraíba neste ano. Um bebê de cinco meses de vida morreu na última semana - dia 7 de junho -,vítima da bactéria, após cerca de 90 dias internado no Hospital da Unimed, no bairro da Torre, em João Pessoa. No exame labaratorial feito na própria Unimed, ficou constatada a presença da bactéria na criança.
O bebê Isaac Magliano Santana deu entrada no hospital no dia 23 de fevereiro deste ano com quadro sugestivo de pneumonia, insuficiência respiratória e crise convulsiva. Três meses após o internamento, a criança faleceu. No atestado de óbito, assinado pela pediatra Rosângela Amorim, fica, registrada como causa da morte: falência múltipla dos órgãos, choque séptico, septicemia e erro inato de metabolismo, sem menção à presença da KPC.

Embora o exame laboratorial expresse a existência da KPC, a Secretaria Eestadual de Saúde não confirmou o caso. De acordo com informações de Bernadete Moreira, gerente operacional Gerência de Vigilância Epidemiológica da SES, a secretaria entrou em contato com a comissão de infecção hospitalar da Unimed, que negou a existência do caso. "Até onde sabemos não é KPC. A Secretaria de Saúde de João Pessoa também investiga o caso, já que está no município, mas ninguém confirmou o caso. Vamos entrar em contato com a Unimed quantas vezes for necessária até que se esclareça o caso", afirmou a gerente operacional.

A SES irá enviar um comunicado oficial à Unimed para receber explicações sobre o que ocorreu com o paciente. "O hospital tem obrigação de informar à SES sobre os casos confirmados e caso não haja essa notificação é configurada uma infração. Vamos mais uma vez entrar em contato e saber o que aconteceu. Caso seja confirmada mesmo que existiu a presença de KPC na criança, vamos investigar o porquê dessa não notificação", comentou Júlia Vaz, do setor de Gerência de Vigilância Epidemiológica da SES.

Na semana passada, o Ministério Público encontrou uma paciente na UTI do Hospital Edson Ramalho, que havia sido infectada pela bactéria, mas estava dividindo espaço com outros pacientes. O caso também não havia sido comunicado à SES. Júlia Vaz também sugeriu que poderá ser feito um acordo com o Ministério Público para mostrar a importância da obrigatoriedade das notificações dos hospitais para a SES.

A bactéria, no ano passado, foi responsável por 25 mortes e mais de 30 casos foram registrados em todo o Estado. A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre em hospitais, através do contato com secreções do paciente infectado.

FONTE:O NORTE

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