As imagens não são claras, porque captadas sem luz, de madrugada. Duram quatro minutos e mostram Daniel e Monique deitados na cama, cobertos pelo edredon. Para muita gente que assistiu ao vivo, no canal pago que transmite 24 horas por dias, houve “sexo não-consensual” ou, mais simplesmente, “estupro”.
O barulho provocado foi tão grande que a Central Globo de Comunicação informou, ainda na manhã de domingo, que a produção do programa “chamou realmente Monique no confessionário e ela afirmou que todas as carícias foram consensuais”.
Monique disse coisa diferente para Analice: "Me chamaram no confessionário para perguntar se tínhamos feito alguma coisa. Eu sei que não fiz, mas começo a pirar. Será que eu fiz? Será que não? Estou muito mal com isso".
No início da tarde, Monique conversou com Daniel sobre o que ocorreu. O rapaz admitiu: “Passei a mão”. Também disse que deu “dois beijinhos”. E não mais. “Só isso”. A conversa se prolongou. “Será que eu tava tão louca que não lembro de alguma coisa?”, perguntou Monique.
Quem não paga pelo pay per view não faz ideia de nada disso. À noite, durante o programa exibido na TV aberta, o diretor Boninho transformou toda esta confusão num simples embalo de sábado à noite.
Mr. Edição selecionou algumas poucas imagens. Mostrou um beijo rápido dos dois na festa, movidos por bebida alcoólica. Depois, ainda na balada, exibiu Monique rejeitando Daniel: “Na boa, sai de perto de mim”, disse. E, por fim, mostrou menos de 30 segundos da movimentação embaixo do edredon.
Não tenho condições de afirmar se houve ou não abuso sexual por parte de Daniel, mas é curioso que o tema simplesmente não tenha vindo à baila. O episódio, da forma como foi tratado, mostra mais uma vez que o reality show da Globo, como todos os demais, é um show controlado, sem nada de realidade.
Lúcido e experiente em matéria de “BBB”, Daniel advertiu Monique à tarde sobre o que poderia acontecer no programa da noite. “Se quiser te editar bem, vão te editar. Se quiser editar te sacaneando, vão editar”. Tinha razão. “O amor é lindo”, resumiu Pedro Bial.
Uol
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