Um dos feridos pelo atropelamento seguido de explosão que matou uma mulher e feriu pelo menos 48 pessoas neste domingo, em Madureira, permanece internado em estado grave. A tragédia aconteceu na Estrada do Portela, na altura da Rua Clara Nunes, durante um ensaio da escola de samba Portela. A vítima fatal foi identificada como Maria Helena de Melo, de 60 anos. Uma granada foi lançada minutos após o atropelamento e deixou ainda mais feridos.
Cerca de 14 pessoas permanecem internadas em cinco hospitais públicos do Rio.
Por volta das 18h, uma Mercedes branca atropelou várias pessoas que estavam concentradas, aguardando o início do último ensaio técnico da Portela. Segundo a PM, dois homens estavam no veículo que seria roubado. Eles furaram o bloqueio da Guarda Municipal e da CET-Rio, que interditava a rua para o evento, e avançaram sobre o público, fugindo em seguida.
O Serviço Reservado (P-2) do 9º BPM (Rocha Miranda) informou que ainda não há confirmação de que o carro é roubado. A placa não foi anotada. Duas versões sobre a explosão da granada estão sendo cogitadas. A primeira é de que o artefato tenha sido lançado do carro dos atropeladores. A outra é que o artefato teria sido lançado por uma pessoa que estava em um bar no local. O caso está sendo investigado pela 29ª DP (Madureira).
O ambulante Cristiano Mário Francisco, de 31 anos, está internado no Hospital Carlos Chagas (HCC), em Marechal Hermes, para onde foram levados pelo menos 23 vítimas. De acordo com enteado de Cristiano, Paulo de Oliveira Reis, de 30 anos, o vendedor de cerveja sofreu fratura nas pernas e está com o rosto desfigurado devido aos ferimentos provocados pela detonação do artefato. Ele corre risco de perder a visão do olho esquerdo.
Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
“O carro veio desgovernado e jogou todo mundo para cima. Foi um pavor só, atingiu idosos e crianças. Madureira e a Portela choram esse acidente”, contou Maria de Lurdes da Silva, 53 anos, da Ala das Baianas da escola.
O prefeito Eduardo Paes usou o Twitter para comentar o atropelamento seguido de explosão. "Manifesto aqui minha solidariedade e carinho com aquela gente boa da minha Portela. Estamos torcendo pela pronta recuperacão de todos", disse Paes.
Proprietária de um armazém em frente à Portela, Míriam dos Santos, 56, disse que as pessoas foram jogadas para o alto como num boliche. “Foi uma coisa horrível. Havia muitas crianças”, disse a ambulante, afirmando que não imaginava que veria uma cena tão trágica na vida.
Em nota, a Portela informou que se solidariza com as famílias das vítimas do atropelamento e da explosão em Madureira. No texrto, 'a agremiação lamenta o fato ocorrido e reitera a confiança nas autoridades competentes do "Estado de Direito" para que o episódio seja esclarecido. A presidência disse que vai acompanhar de perto as investigações sobre o caso.
O Dia Online
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