O mundo está prestes a chegar a um ponto em que ele se tornará irreversivelmente mais quente, fazendo desta uma década crucial nos esforços para conter o aquecimento global, advertiram ontem cientistas em uma conferência em Londres.
Estimativas científicas diferem, mas a temperatura mundial parece destinada a um aumento de 6°C até 2100 se as emissões de gases-estufa continuarem a aumentar de forma incontrolável.
O derretimento do gelo polar e a perda de florestas tropicais são algumas das consequências.
"Esta é a década crítica. Se não baixarmos as curvas de emissões nesta década, vamos cruzar os limites do irreversível", disse Will Steffen, diretor executivo do Instituto de Mudança Climática da Universidade Nacional da Austrália.
Apesar desse sentido de urgência, um novo tratado sobre o clima global que force os maiores poluidores do mundo, tais como os Estados Unidos e China, a reduzir suas emissões só será acordado em 2015, com entrada em vigor prevista para 2020.
"Estamos à beira de grandes mudanças", disse Steffen. "Podemos limitar o aumento de temperatura a 2°C ou atravessar o limite e transformar a Terra em um sistema muito mais quente."
O Estadão
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