Pouco mais de uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, o título de prédio mais alto de Nova York volta a ser do World Trade Center. O recorde foi batido no dia em que outro acontecimento simbólico foi divulgado por membros da inteligência americana: os Estados Unidos decidiram tornar acessíveis ao público documentos de Osama Bin Laden, morto há um ano.
A One World Trade Center, como foi batizada a nova torre, está sendo construída no local onde estavam os prédios que desabaram após serem atingidos por dois aviões de carreira em 2001. Cerca de 3.000 pessoas morreram no ataque, orquestrado pela rede al-Qaeda, liderada por Bin Laden.
Desde então, o Empire State Building havia voltado a ser o maior arranha-céu novaiorquino. O imóvel detivera o título entre o ano de sua construção, 1931, e o de 1972, quando foi ultrapassado pelas torres gêmeas do World Trade Center.
Nesta segunda-feira, operários da One colocaram uma estrutura de aço horizontal que elevou a altura do imóvel para 387 metros, aproximadamente 6 metros a mais do que o Empire. Isso, por, porém, descontando-se a torre da antena de TV. Caso ela seja levada em consideração, o ex-campeão ainda continua a abrigar o ponto mais alto de Nova York, tocando o céu aos 471 metros de altura.
A construção da One começou seis anos atrás. Quando estiver concluída, por volta de 2013, o prédio terá 541 metros — antena incluída —, ficando 70 metros acima do Empire e 15 metros acima da torre norte do antigo World Trade Center.
— O novo World Trade Center é mais do que um arranha-céu: é o símbolo do permanente espírito da cidade e do estado de Nova York, representa o nosso compromisso com a reconstrução — disse o governador Andrew Cuomo ao comemorar o novo recorde.
Diário de Bin Laden
No dia 2 de maio (no horário local; 1º de maio no Brasil) de 2011, tropas americanas mataram Osama bin Laden em uma casa no Paquistão, dando fim a uma caçada iniciada pelo menos uma década antes.
Nesta segunda-feira, oficiais do serviço de inteligência americano informaram que documentos apreendidos no imóvel poderão ser consultados pelo público em geral. A divulgação será feita pelo Centro de Combate ao Terrorismo do Exército, mas ainda não foi estabelecido se estarão disponíveis pela internet.
Os papéis envolvem correspondências entre o terrorista e seus afiliados, além de um diário escrito à mão pelo próprio Bin Laden. A ideia, segundo os oficiais, é mostrar que os documentos demonstram como o grupo terrorista trabalha e provam que o líder da al-Qaeda estava auxiliando na preparação de outros ataques a alvos americanos.
A divulgação é mais um marco simbólico relacionado ao 11 de setembro a se cumprir nos últimos dias. Na semana passada, três viúvas, filhas e netos de Bin Laden que estavam detidos no Paquistão foram deportados para a Arábia Saudita. A saída dos familiares é mais um passo na tentativa de Islamabad de por fim à sua conturbada relação com o terrorista, que viveu no país por seis anos e ali teve quatro filhos — dois em um hospital do governo — sem ser descoberto.
Também na semana passada, o presidente Barack Obama liberou sua equipe de campanha para usar a morte de Bin Laden como um trunfo de campanha.
“Se vocês querem um adesivo de para-choque para resumir como o presidente Obama lidou com a herança que nos deixaram, é bem simples: Osama Bin Laden está morto e a General Motors está viva”, disse o vice-presidente Joe Biden, de acordo com os extratos de um discurso que a equipe de campanha democrata divulgou no dia 26 de abril.
Obama, diretamente, questionu sobre se o seu rival, o republicano Mitt Romney, iria tomar a mesma decisão de matar Bin Laden. “Claro que sim”, afirmou Romney nesta segunda-feira.
O Globo
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