Os rebeldes Exército Sírio Livre (ESL, formado principalmente por desertores) pediu neste sábado (26) ao Conselho de Segurança da ONU para anunciar o fracasso do plano de paz do mediador Kofi Annan, após uma ofensiva do regime sírio sobre a cidade de Hula, na província central de Homs, deixar pelo menos 90 mortos.
"Nós pedimos ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que tomem sua responsabilidade e anunciem o fracasso da iniciativa de Annan", diz o ESL, em um comunicado.
A ONU considerou as mortes uma "tragédia brutal" e informou em comunicado a contagem dos de 32 crianças e mais de 60 adultos. "Esta manhã, observadores militares e civis da ONU contaram os corpos de 32 crianças e mais de 60 adultos. Esta é uma tragédia brutal," disse o chefe da missão de "capacetes azuis" na Síria, o general Robert Mood, em comunicado.
O mediador de paz da ONU Kofi Annan planeja viajar a Damasco na noite de domingo, para avaliar pela segunda vez o acordo assinado há mais de um mês entre as partes prevendo um cessar-fogo, que tem sido sistematicamente violado. Annan deve se reunir com o presidente do país Bashar al-Assad e figuras da oposição no país árabe.
Resposta internacional
Além da França, que já havia exigido ação sobre o plano de paz da Síria na manhã deste sábado (26), o Reino Unido também apelou a uma "resposta internacional forte" em relação à Síria. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, exigiu neste sábado uma "resposta internacional forte" para o "massacre" de Hula e anunciou a intenção de solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Além da França, que já havia exigido ação sobre o plano de paz da Síria na manhã deste sábado (26), o Reino Unido também apelou a uma "resposta internacional forte" em relação à Síria. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, exigiu neste sábado uma "resposta internacional forte" para o "massacre" de Hula e anunciou a intenção de solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Nós começamos consultas urgentes com os nossos aliados, tendo em vista uma resposta internacional forte", disse o chefe da diplomacia britânica em comunicado. "Vamos pedir uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU nos próximos dias", disse ele.
Corpos de vítimas dos ataques nas últimas 24 horas são vistos em Houla (Foto: Reuters/Shaam News Network)
ESL
No comunicado em que pede a declaração de fracasso do plano de Annan, o Exército Sírio Livre (ESL) pediu à ONU para "tomar medidas rápidas e decisivas para salvar a Síria, o seu povo e toda a região com a criação de uma aliança militar internacional fora do Conselho de Segurança para lançar ataques aéreos em instalações militares e de segurança do regime."
"Já não é possível cumprir a iniciativa de Annan, já que o regime a utiliza para prosseguir os seus massacres, os deslocamentos forçados de civis, a destruição de cidades e assassinatos de mulheres e crianças", disse o grupo na nota. Os rebeldes alertaram ainda que "se o Conselho de Segurança não tomar medidas rápidas e urgentes para proteger os civis, que vão para o inferno o plano de Annan e os que apostam em uma solução para preservar o regime assassino."
O grupo disse ainda que "o que aconteceu em Al Haula e em outros locais sob os olhos dos observadores estrangeiros é apenas uma prova do fim da iniciativa e de que o governo do Al Asad só compreende o uso da força e da violência."
Cerca de quarenta pessoas foram mortas hoje por disparos das forças leais ao governo sírio em várias províncias da Síria, segundo organizações de oposição sírias. Comissões de coordenação locais indicaram que 20 deles perderam a vida na província de Homs, e o restante em Idleb, Damasco, Deraa, Aleppo, Hama e Haseka Al.
A cidade de Aazaz, em Aleppo, foi atacada pelas forças do regime com foguetes e tiros, ao tentar entrar em seus bairros, o que faz com que a cidade se torne palco do deslocamento dos seus habitantes em direção à fronteira com a Turquia.
G1
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