Para defensor, ela amava o marido e queria que o "casamento desse certo"
O advogado de Elize Matsunaga, mulher de 38 anos que confessou ter matado e esquartejado o próprio marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, disse que sua cliente está arrependida de ter cometido o crime. De acordo com Luiciano Sontoro, os tiros foram disparados em um momento de tensão, durante uma briga em que o empresário teria dito coisas “muito graves” para ela.
— Foi um crime passional, cometido no meio de uma intensa discussão. O Marcos disse um monte de coisas graves e ela acabou atirando. Mas a Elize amava ele, queria que o casamento desse certo.
Santoro disse ainda que não definiu uma estratégia de defesa, mas salientou o fato de Elize ter decidido confessar o crime espontaneamente.
— É cedo para falar em estratégia, mas estamos avaliando o contexto. O fato é que ela confessou, esclareceu o que aconteceu de maneira franca e sincera, espontaneamente.
Preventiva
A Polícia Civil vai pedir a prisão preventiva de Elize, mas sem data definida. De acordo com o diretor do DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco, a polícia deve aguardar a conclusão do inquérito, prevista para acontecer nos próximos 15 dias, período em que Elize estará detida sob prisão temporária, de acordo com determinação da Justiça.
Na tarde de quarta-feira (6), ela deixou o DHPP após interrogatório que durou mais de oito horas, no qual confessou ter matado e esquartejado o marido. Ela disse que atirou em Matsunaga em meio a uma discussão por ciúmes.
Na sequência, ela afirmou que arrastou o corpo do marido para um quarto do apartamento e somente depois de cerca de dez horas levou o empresário até o banheiro da empregada, onde o esquartejou.
Reconstituição
A polícia realizou uma reconstituição do crime no apartamento em que o casal morava, na noite desta quarta-feira. Os trabalhos tiveram início por volta das 21h e se estenderam até a 1h desta quinta-feira (7). Os peritos usaram um boneco do tamanho de um adulto para simular o corpo da vítima. Vestígios de sangue foram colhidos nos locais indicados por Elize e o material será encaminhado ao IC (Instituto de Criminalística) para exames de DNA.
Cerca de 30 armas pertencentes ao empresário, que era colecionador, foram recolhidas no apartamento. Entre as peças havia pistolas, fuzis e até submetralhadoras — todas legalizadas, segundo os policiais presentes na reconstituição. O material foi levado para um cofre do DHPP (Departamento de Proteção à Pessoa) por medida de segurança. A arma utilizada para matar Matsunaga estava entre o armamento apreendido.
Assista ao vídeo:
R7
Postar um comentário