Encontrar um parceiro e ficar com ele para o resto da vida. Trocar carinhos em público. Dançar para conquistar o pretendente. Em época de Dia dos Namorados, esses assuntos viram tema comum das conversas - mas, aqui, não estamos falando de homens e mulheres e sim de outros espécimes do reino animal que apresentam esses comportamentos. O G1 foi visitar o Horto de Dois Irmãos, o zoológico de Pernambuco, para tentar flagrar evidências entre os bichos que vivem por lá.
'Estado de paquera' é um comportamento entre as aves, que costumam ter um mesmo parceiro ao longo da vida (Foto: Luna Markman / G1)
Nem todos têm esses comportamentos, mas algumas práticas podem ser verificadas em aves, por exemplo. "Aves geralmente apresentam ciclos biológicos curtos, como o da reprodução, de modo que é sempre comum vê-las 'paquerando'", diz o biólogo Leonardo Melo. "Uma vez escolhido o parceiro, o relacionamento entre diferentes espécies de aves é para a vida toda", completa o veterinário Daniel Siqueira.
Na jaula dos macacos aranha, eles vivem se agarrando nas grades, nos cipós e uns aos outros. O macaco Chico sente ciúme de qualquer homem que se aproxime da namorada, empurrando-a para trás sempre que isso ocorre.
O macho do urso pardo também fica alerta enquanto a fêmea tira uma soneca, mas o casal que está no horto do Recife vive junto há anos e nunca procriou. Os tigres siberianos também nunca reproduziram. "Em muitos casos, a vida a dois no cativeiro concorre para a perda do interesse sexual entre indivíduos. É como se tornassem 'irmãos'. Quem é topo de cadeia, carnívoros em geral, não é muito sociável. O relacionamento amoroso ocorre, via de regra, na hora de procriar", afirma o biólogo.
Animais topo de cadeia, como os carnívoros, são menos sociáveis. A suçuarana que vive no Horto do Recife nunca reproduziu (Foto: Luna Markman / G1)
G1
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