A concentração ocorreu na Pirâmide do Parque do Povo, e saiu pelas ruas por volta das 11h00. Muitas delas mostravam a indignação por ter perdido algum familiar por conta da violência. Entre elas estavam os parentes das vítimas da “Barbárie de Queimadas”.
Centenas de mulheres de várias cidades do Compartimento da Borborema participaram neste sábado (4), da “Marcha das Vadias” em Campina Grande. Com gritos de guerra, cartazes e faixas, elas saíram pelas ruas centrais da cidade para protestar contra o aumento da violência contra a mulher, e pediram políticas públicas eficazes de proteção a mulher.
A concentração ocorreu na Pirâmide do Parque do Povo, e saiu pelas ruas por volta das 11h00. Muitas delas mostravam a indignação por ter perdido algum familiar por conta da violência. Entre elas estavam os parentes das vítimas da “Barbárie de Queimadas”.
“Hoje temos a dor em nosso peito por ter perdido a Izabela de forma tão trágica. Estamos nas ruas gritando por justiça e pedindo que as autoridades tomem atitudes para que outras mães não sofram, assim como a minha está sofrendo”, disse Izania Monteiro, irmã de Izabela Monteiro, morta em fevereiro, na cidade de Queimadas, depois de ter sido estuprada, com mais quatro mulheres. Ela e Michele Domingos foram assassinadas.
A estudante Michele Sabrina Farias também participou da Marcha. Ela é irmã de Gabriele de Farias, 21, morta por estrangulamento. O principal suspeito é o lutador de jiu-jitsu Tiago Pereira Fernandes. “Não é possível que outras mulheres continuem sendo mortas. Vamos continuar lutando, e essa marcha nos dá força para seguir em frente e gritar por justiça”, ressaltou.
A “Marcha das Vadias” é um evento de repercussão internacional, que visa chamar atenção para os vários tipos de violência contra a mulher. Dados levantados pela organização do evento apontam que este ano, 65 mulheres foram mortas no Estado, 24 a mais, do que os casos registrados em todo ano passado. Em Campina Grande aconteceu quatro homicídios mulheres este ano. “Temos que ir às ruas, aos governantes, aos fóruns dizer que não aceitamos mais a violência. Basta, queremos viver em paz”, frisou uma das coordenadoras do movimento, Evelyn Lima.
Portal Correio
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