Uma confusão interrompeu a leitura das últimas notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo, no Anhembi (zona norte), na tarde desta terça-feira.
Um integrante de uma escola invadiu a área onde as notas eram lidas, agrediu o locutor com um chute, e roubou os documentos com as notas.
Ele rasgou os papeis e deixou a área antes de ser contido. Ainda não se sabe quem é o homem, mas ele usava uma camisa da Império de Casa Verde. A escola estava em 11º lugar até a interrupção, e não seria rebaixada para o Grupo de Acesso, a segunda divisão do Carnaval.
Policiais militares que estavam no local tentaram proteger os locutores e jurados, mas uma confusão generalizada teve início. Integrantes da Gaviões da Fiel, entre outras escolas, também invadiram a área.
A apuração já havia começado com clima tenso, após um atraso de mais de 20 minutos. Representantes de cada escola foram convocados para uma reunião à porta fechadas, em que foi informada uma troca de jurados.
Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba, jurados dos quesitos samba-enredo e mestre-sala e porta-bandeira passaram mal durante os desfiles e foram substituídos por suplentes. A troca é prevista no regulamento do Carnaval.
O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, reclamou da troca dos jurados e disse que isso deixou as escolas indignadas. "Nós não vamos aceitar isso. Estão roubando escolas, beneficiando essa daí [Mocidade], que só tira 10", disse.
No momento da interrupção, a Mocidade Alegre liderava a apuração e era a única com notas 10 em todos os quesitos avaliados.
Uma integrante da Camisa Verde e Branco identificada como Josélia gritou pouco após a interrupção "Acabou o Carnaval de São Paulo. Não vai haver mais apuração. Não admitimos que as escolas sejam roubadas."
Fonte: FOLHA
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