A chuva que atinge Recife há dois dias não atrapalhou o desfile do Galo da Madrugada neste sábado. O bloco reuniu dois milhões de pessoas, segundo os organizadores.
"As ruas estavam repletas de gente. Tenho certeza de que atingimos dois milhões de foliões neste ano", disse o presidente do bloco, Rômulo Meneses.
Com 30 trios elétricos tocando apenas ritmos pernambucanos, o bloco saiu às 9h (10h em Brasília), com previsão de encerrar a festa nove horas depois.
Às 17h, os trios elétricos ainda passavam pelos seis quilômetros do circuito da folia, no centro da cidade, arrastando a multidão que se aglomerava nas ruas.
Este ano, o Galo homenageou o centenário do nascimento do forrozeiro Luiz Gonzaga e os 80 anos de existência do mais famoso boneco gigante de Olinda, o Homem da Meia-Noite.
Moacyr Lopes Júnior/Folhapress | ||
Foliões durante desfile do Galo da Madrugada, no Recife, neste sábado |
Fundado em 1978, o Galo da Madrugada entrou para o "Guinness Book", o livro dos recordes, em 1994, como o maior bloco carnavalesco do mundo. Reuniu à época 1,5 milhão de foliões.
A agremiação, hoje, disputa o título com o bloco carioca Cordão do Bola Preta, que estima ter reunido este ano cerca de 2,5 milhões de pessoas em seu desfile.
Mas quem já frequentou os dois blocos, como a analista de sistema Silvia Brito, diz que o Galo ainda é maior. "O Bola Preta é ótimo, mas o Galo é o Galo".
Para a foliã, que ontem brincava em Recife, a diferença entre as agremiações é que a carioca é "toda certinha", enquanto a pernambucana é "mais espontânea, com mais fantasia".
Alceu Valença, Elba Ramalho, Lia de Itamaracá e Fafá de Belém são algumas das atrações que comandam os trios elétricos que estão percorreno as ruas da capital pernambucana.
Do camarote, músicos que vieram acompanhar o bloco interagiram com os trios elétricos. Roberta Sá, Fafá de Belém e Gustavo Travassos, cantaram na abertura do Galo. Luiz Melodia também participou da festa.
Entre outros convidados estavam Dominguinhos, Toni Garrido, Geraldinho Lins, Marcelo D2, Robertinho do Recife e Chimbinha, da Banda Calypso.
Leo Caldas/France Presse | ||
Catole News
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