Em 28 anos, é o primeiro registro do Projeto Tamar na Baía do Sueste.
Normalmente, área é usada pela espécie para alimentação.
Um registro inédito de desova de tartarugas marinhas em Fernando de Noronha está sendo comemorado pelos pesquisadores do Projeto Tamar. Nesta temporada, uma fêmea da espécie Chelonia mydas, conhecida popularmente com tartaruga verde, fez a desova na Baía do Sueste. Em 28 anos de trabalho de preservação na ilha, é a primeira vez que o Tamar constata desova nessa área, normalmente usada pela espécie para alimentação.
A desova é motivo de surpresa para os estudiosos. "Isso pode representar que novas praias estão sendo utilizadas pelas tartarugas para depositar os ninhos”, avalia Armando Santos, coordenador do Projeto Tamar em Noronha. Em 2012, o primeiro ninho da Baía do Sueste foi encontrado dia 18 de janeiro. Os biólogos acreditavam que a tartaruga pudesse ter confundido o Sueste com a vizinha, Praia do Leão, local onde ocorrem 80% das desovas em Noronha. No último final de semana (da sexta, 3, para o sábado, 4), a tartaruga voltou ao Sueste e fez o segundo ninho. A repetição é um indício que aquela é mesmo a praia escolhida pelo animal para o nascimento dos filhotes.
No Sueste são encontradas com facilidade tartarugas juvenis verdes e de pente, Eretmochelys imbricata. As tartarugas costumam voltar ao local onde nasceram para fazer os ninhos. Numa temporada, uma fêmea pode fazer de seis a 11 desovas e, em cada uma delas, colocar cerca de 120 ovos, que levam, em média, 50 dias para eclodir. O registro inédito pode representar que a espécie tem sentido mais segurança na região.
No Sueste são encontradas com facilidade tartarugas juvenis verdes e de pente, Eretmochelys imbricata. As tartarugas costumam voltar ao local onde nasceram para fazer os ninhos. Numa temporada, uma fêmea pode fazer de seis a 11 desovas e, em cada uma delas, colocar cerca de 120 ovos, que levam, em média, 50 dias para eclodir. O registro inédito pode representar que a espécie tem sentido mais segurança na região.
Ninhos em outras praias
Ao longo os últimos anos, novas praias da ilha estão recebendo ninhos. As praias da Conceição e Atalaia, onde o fato também não é comum, entraram no roteiro das tartarugas verdes. Este ano foi encontrado um rastro na Praia da Caieira, mas a fêmea só fez a chamada “meia lua”, quando vai ao local mas não deposita os ovos. A área está sob observação dos pesquisadores. Em 2003, foi registrada uma desova na Caieira.
Ao longo os últimos anos, novas praias da ilha estão recebendo ninhos. As praias da Conceição e Atalaia, onde o fato também não é comum, entraram no roteiro das tartarugas verdes. Este ano foi encontrado um rastro na Praia da Caieira, mas a fêmea só fez a chamada “meia lua”, quando vai ao local mas não deposita os ovos. A área está sob observação dos pesquisadores. Em 2003, foi registrada uma desova na Caieira.
A temporada de reprodução em Fernando de Noronha começou no dia 27 de dezembro de 2011, quando foi registrada a primeira desova. As fêmeas devem colocar os ovos até o mês de maio, e as aberturas de ninhos acontecem até julho. Na temporada 2010/2011, foram registrados 77 ninhos, feitos por nove tartarugas.
No passado, esses animais eram caçados em Fernando de Noronha para o consumo da carne e utilização das carapaças para fabricação de objetos. Com as pesquisas e monitoramento do Projeto Tamar, a presença desses animais tem se ampliado ao longo dos anos. Em quase três décadas de trabalho, o Tamar já fez quatro mil capturas da espécie para marcação, pesagem e coleta de dados. Só no ano passado, foram registrados 583 animais, o que facilita o acompanhamento da evolução da espécie. As desovas inéditas em Noronha estão sendo festejadas pelos pesquisadores. "Estamos muito felizes. Isso é uma prova de que o trabalho que realizamos tem surtido efeito” , comemora o coordenador Armando Santos.
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