O humorista, ator e escritor Chico Anysio morreu, aos 80 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, após choque séptico causado por infecção pulmonar, às 14h52, desta sexta-feira (23). Chico não resistiu a uma parada cardiorespiratória. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital Samaritano. O velório de Chico Anysio acontece neste sábado, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo advogado do humorista, Paulo Cesar Pimpa, na porta do hospital Samaritano, na tarde desta sexta (23).
A previsão é de que o velório comece às 8h, para familiares. Ao meio-dia, será aberto ao público. O corpo do comediante será cremado no domingo, no crematório do Cemitério do Caju. Chico estava internado desde o dia 30 de novembro de 2011. O humorista chegou a ter alta no dia 21 de dezembro, mas retornou à unidade médica no dia seguinte, 22 de dezembro, depois de apresentar hemorragia digestiva. Chico sofreu uma piora na última quarta (21), quando precisou passar por uma sessão de hemodiálise. Na quinta à tarde, passou por um processo de drenagem torácica durante a tarde, para remoção de um "grande hematoma pleural".
Ele sofreu uma parada cardiorespiratória e chegou a ser reanimado. Ele também dependia de ajuda de aparelhos para respirar, e, durante a internação, foram feitas tentativas de retirar o respirador, sem sucesso. Nos últimos dois dias, recebeu a visita de muitos parentes, como os filhos Bruno Mazzeo e André Lucas, os sobrinhos Marcos Palmeira e Cininha de Paula, além da mulher Malga di Paula. Ao longo de 2011, Chico passou por consecutivos períodos de internação. Em março, deixou o Samaritano após 110 dias hospitalizado, quando enfrentou complicações cardiorrespiratórias. Ele foi submetido a angioplastia e tratou uma pneumonia na UTI.
Em outubro, voltou ao hospital por cinco dias, dessa vez para aliviar uma crise de dores nas costas. Em agosto de 2010, o humorista passou 19 dias internado no mesmo hospital, depois de ser submetido a uma cirurgia para retirada de parte do intestino grosso. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no município de Maranguape, Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Aos oito anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde já começou a demonstrar seus dotes artísticos, fazendo imitações. Com 14 anos, passou a frequentar programas de calouros em rádios cariocas e paulistas. Costumava ir ao "Programa Ary Barroso", "Hora do Padre" e "Trabuco", de Vicente Leporace.
TRAJETÓRIA DE CHICO
Chico estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Seu primeiro contrato de trabalho foi na Rádio Guanabara, onde, depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Chico também chegou a fazer novelas, mas preferiu seguir a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Recentemente, fez participações em folhetins da Globo como "Caminho das Índias" (2009), "Pé na Jaca" (2007) e "Sinhá Moça" (2006). Na carreira de humorista são mais de 200 personagens. Começou na TV em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio.
Chico estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Seu primeiro contrato de trabalho foi na Rádio Guanabara, onde, depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Chico também chegou a fazer novelas, mas preferiu seguir a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Recentemente, fez participações em folhetins da Globo como "Caminho das Índias" (2009), "Pé na Jaca" (2007) e "Sinhá Moça" (2006). Na carreira de humorista são mais de 200 personagens. Começou na TV em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio.
O personagem já tinha estrelado por muito tempo a Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso. Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou. Em 1969, o humorista foi para a TV Globo, onde consagrou programas como "Chico Anysio Show", "Chico City", "Estados Anysios de Chico City", "Chico Total" e "Escolinha do Professor Raimundo". Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como a "Salomé", o "Painho", o famoso "Profeta" e tantos outros. Atualmente faz parte do elenco de "Zorra Total". Chico era ainda pintor, compositor e escritor - lançou 17 livros. Casado seis vezes – um dos mais comentados foi com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello-, o humorista deixa oito filhos: Lug, André, Cícero, Nizo, Bruno, Rico, Rodrigo e Vitória.
PERSONAGENS MARCANTES
Foi na Globo que teve seus programas humorísticos de maior sucesso e onde desenvolveu a maioria de seus personagens. Entre as atrações, destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996) e “Chico Anysio show” (1982-1990) e "Escolinha do professor Raimundo". Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem. Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.
Foi na Globo que teve seus programas humorísticos de maior sucesso e onde desenvolveu a maioria de seus personagens. Entre as atrações, destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996) e “Chico Anysio show” (1982-1990) e "Escolinha do professor Raimundo". Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem. Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.
Apresentada como quadro em outros programas desde a década de 1980, a “Escolinha do Professor Raimundo” tornou-se uma atração independente em 1990. No ar até 2002, o humorístico lançou toda uma geração de comediantes. Entre os “alunos” revelados pelo “professor Chico” estão Claudia Rodrigues, Tom Cavalcante e Claudia Gimenez. Chico também atuou em novelas e especiais da Globo, como “Pé na jaca” (2007), “Sinhá Moça” (2006), “Guerra e paz” (2008) e “A diarista” (2004). Chico Anysio também teve um quadro fixo no Fantástico por 17 anos (de 1974 a 1991), e supervisionou a criação no programa “Os Trapalhões” no início dos anos 90.
SOBRE CASAMENTOS E FILHOSO primeiro de seus casamentos foi aos 22 anos, com a atriz Nancy Wanderley. Depois foi a vez de Rose Rondelli. Sobre a união com a cantora e ex-frenética Regina Chaves, dizia mal se lembrar. Já com Alcione Mazzeo, rompeu a relação por conta de um ensaio nu. Mas foi seu matrimônio com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello — com quem teve dois filhos — que provocou mais polêmica. "Passou a ser uma pessoa de meu desagrado total.
Fui um biombo para ela”, disse Chico à revista “Isto É”, em outubro de 2000. Antes, porém, teve seis filhos, entre eles os atores Lug de Paula (famoso por interpretar o Seu Boneco, da “Escolinha do Professor Raimundo”), Nizo Neto (o Seu Ptolomeu, do mesmo programa, também dublador) Bruno Mazzeo (ator e roteirista). Chico também era tio do ator Marcos Palmeira, filho do cineasta Zelito Vianna, irmão do humorista; e da atriz Maria Maya, filha de Cininha de Paula, sobrinha do humorista. Em novembro de 2009 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta comenda do governo brasileiro na área. Da vida, dizia levar apenas um arrependimento: “Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos.”
FRASES MARCANTES DE CHICO
"Quem é casado há quarenta anos com dona Maria não entende de casamento, entende de dona Maria. De casamento entendo eu, que tive seis";
"Vou morrer no Projac, depois de um diretor dizer: “Corta. Valeu, Chico”. Eu direi: “Que bom que valeu” e morro em seguida. Será bonito";
"Claro que eu tenho depressão. Tive seis mulheres, nove filhos e dez netos. Se eu não tivesse depressão, teriam de me internar, porque eu seria um psicopata";
"Quem é casado há quarenta anos com dona Maria não entende de casamento, entende de dona Maria. De casamento entendo eu, que tive seis";
"Vou morrer no Projac, depois de um diretor dizer: “Corta. Valeu, Chico”. Eu direi: “Que bom que valeu” e morro em seguida. Será bonito";
"Claro que eu tenho depressão. Tive seis mulheres, nove filhos e dez netos. Se eu não tivesse depressão, teriam de me internar, porque eu seria um psicopata";
"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os políticos têm medo do passado";
"Se estivesse desencantado da vida, acordar seria um tormento. Sou apaixonado pela vida e agradecido pelo que me foi dado";
"Não sou consumidor de maconha porque sofro de depressão. Mas pior do que ela é o cigarro, que me causou um infarto";
"O brasileiro só tem três problemas: café, almoço e jantar";
"Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos";
"As mulheres estão descobrindo que mulher é bom";
"Tem coisa que não se discute: filhos detonam qualquer casamento. São maravilhosos, mas fatais";
"Não tenho medo de morrer. Tenho pena".
Uma de suas últimas fotos antes de morrer; respirando por aparelho
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