Das 1.800 farmácias que funcionam na Paraíba, 20% delas, ou seja, 360, funcionam sem atender a resolução federal 5.991, que obriga a presença constante do farmacêutico no estabelecimento. Em muitas ainda funciona a empurroterapia, como informa Cila Estrela Gadelha de Queiroga, presidente do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba (CRF-PB), que está com parte da diretoria hoje e amanhã (terça-feira 10) em Patos, com o Conselho Itinerante, regularizando os serviços dos estabelecimentos, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
Ela explica que, quando não há profissional habilitado durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, dispensando a medicação à população, esta está em risco. Acrescenta que faz quatro anos que o CRF vem implantando o sistema integral em todo o Estado, mas em Patos isso ainda não acontece, vigorando o de 40 horas semanais, mas que daqui a um ano, aproximadamente, isso venha a ocorrer, tendo em vista na cidade já existir farmácias registradas no Conselho que já atendem essa assistência integral.
Sobre a fiscalização em farmácias públicas e privadas, Cila informa que, além de quatro fiscais do Conselho, a entidade recebe o apoio da Agevisa e das vigilâncias sanitárias dos municípios, cujo trabalho tem sido bastante eficaz, segundo a presidente do Conselho.
A OMS recomenda que haja uma farmácia para cada 3 mil a 4 mil habitantes. Apesar do número exorbitante de farmácias na Paraíba, Cila explica que se trata de um comércio regido por lei específica, onde qualquer pessoa pode abrir uma, mas explica que farmácia só é aberta por farmacêutico com nível superior. Para as farmácias irregulares diz que a fiscalização está sendo intensificada, para que regularizem sua situação.
A prescrição de medicamentos por pessoas sem qualificação, isso acontece mais acentuado no interior, quando as pessoas em vez de irem ao médico buscam diretamente à farmácia, correndo o risco de tomar medicamento de maneira errada, grande risco para sua saúde. A presidente do Conselho enfatiza que a entidade, juntamente com outros conselhos de classe trabalhando a conscientização da população para que só compre remédios a partir de receita prescrita pelo médico. Enfatiza também a importância da presença do farmacêutico no estabelecimento.
Marcos Eugênio
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