Nomes desconhecidos no Ocidente misturam-se com os de marcas famosas. No estande da Luxgen, peruas e utilitários esportivos
Já foi o tempo em que a referência do brasileiro se limitava aos mercados tradicionais, Japão, Europa e Estados Unidos. A China passa a ocupar um papel importante para o consumidor brasileiro uma vez que também revela carros que, no futuro, estarão rodando nas ruas do País. As duas marcas chinesas mais importantes no Brasil - JAC e Chery - têm no País a principal operação no exterior. Para ambas - principalmente por causa da construção das fábricas - o Brasil é o principal foco no mercado mundial. Além disso, a importância da China para o mercado mundial faz com que também montadoras estrangeiras revelem novidades em Pequim, carros que deverão integrar o mercado brasileiro num futuro próximo.
Vamos começar com as duas chinesas: a JAC está mostrando a nova versão do J6, todo mudado, linhas modernas. Ele chega ao mercado chinês no segundo semestre e começa a ser vendido no Brasil no início do ano que vem. Outro destaque da marca é o pequeno J2, que recebe modificações para o mercado brasileiro, onde começa a ser vendido em outubro. Algumas das mudanças feitas pela JAC Brasil estão presentes no J2 que está em exposição, o que faz supor que a matriz poderá adotar as alterações também para a versão a ser vendida na China.
Outra novidade apresentada aqui que vai chegar ao Brasil em breve é o novo J3, com mudanças estéticas e mecânicas. A versão brasileira terá motor flex sem o tanquinho de gasolina.
Entre as novidades da Chery, a que chega mais rapidamente ao Brasil é o Celer, o sedã pequeno que começa a ser vendido em setembro. Outros dois carros da marca vendidos no Brasil tiveram mudanças: o QQ, com frente nova, e o Tiggo, que foi remodelado. Mas a Chery Brasil não revelou quando as duas novidades começam a ser vendidas.
A Chery mostra também um carro conceito que deverá servir de base para a produção do futuro utilitário esportivo pequeno, portanto substituindo o Tiggo. É o TX, cuja previsão de produção é apenas para 2013.
No estande da Hyundai, o novo Santa Fé atrai a atenção. O carro ficou realmente muito bonito. Na Fiat, o Viaggio é a atração. Não há informação oficial, mas o sedã deverá ser a nova tentativa da Fiat de emplacar um carro no segmento dos médios no Brasil. Na China, o Viaggio terá uma versão 1.4 turbo, o mesmo motor T-Jet que a Fiat usa no Brasil.
Tem até carro brasileiro, o Ecosport, inacessível no estande da Ford. A nova versão desenvolvida no Brasil já foi lançada duas vezes no exterior. Na primeira apresentação mundial, no Salão da Índia, em janeiro, a Ford foi obrigada a fazer m evento em Brasília, mas não mostrou o carro, apenas uma versão feita de cera. Nesta semana, mostrou o carro em Salvador, outra vez para não ficar pra trás, pois o mundo está vendo mais uma vez o carro na China. O Ecosport, no entanto, não está atraindo a atenção dos chineses.
Outro carro apresentado aqui foi o utilitário esportivo conceito desenvolvido pela Peugeot do Brasil, que deverá ser o futuro modelo da marca a ser fabricado em Porto Real.
Carros populares, cópias autorizadas e alto luxo no Salão de Pequim
A indústria automobilística chinesa tornou-se a maior do mundo fazendo parcerias com as marcas mundiais. A empresa chinesa faz uma joint venture com a estrangeira por dez anos. Nesse período a fabrica produz cópias dos carros estrangeiros e absorve a tecnologia. A multinacional, que também fabrica seus modelos originais, recebe como prêmio o passaporte para a entrada no maior mercado do mundo.
O resultado dessa operação pode ser constatado no Salão de Pequim, que abre as portas ao público nesta quarta-feira, na capital chinesa. Num único estande é possível encontrar duas, três, quatro marcas de carros, que no mercado internacional são concorrentes e aqui são parceiras.
No estande da Changan o visitante conhece o Ford Focus, o Mazda 3, o Suzuki SX4 e o Citroën DS4. Estadunidenses, europeus e japoneses convivem em harmonia, tendo ao lado as versões chinesas desses mesmos modelos, com a marca Changan e nomes diferentes para cada carro.
O estande da SAIC também é uma "babel". A empresa, uma das maiores fabricantes de veículos da China, tem parceria com a Volkswagen, a GM e a MG. A Volkswagen, por sua vez, também divide uma unidade fabril com a FAW, outra grande fabricante. A parceira da Denza é a Mercedes-Benz e a da Hawtai é a BMW, que fabrica aqui o Série 3.
Nomes desconhecidos no Ocidente misturam-se com os de marcas famosas. No estande da Luxgen, peruas e utilitários esportivos. No Dongfeng, sedãs, jipes 4 X 4 e até um carro elétrico. Isso sem contar marcas que o brasileiro conhece bem, como as que atuam no Brasil, como JAC, Chery, Lifan e algumas menos conhecidas, mas que devem apontar em terras brasileiras muito brevemente, caso da Geely e da Haima, ambas com produtos de alta qualidade e lançamentos em vários segmentos.
Ao lado das chinesas estão os mais novos lançamentos da Porsche, Ferrari, Rolls Royce, Bentley e outros luxos, como a Lamborghini, que tem um dos estandes mais visitados. A marca italiana escolheu Pequim para o avant première do seu primeiro utilitário esportivo. O Urus, ainda um protótipo, foi mostrado ontem, atraindo a atenção dos chineses, eles também, apaixonados por carro.
O resultado da estratégia de abertura do mercado através de parcerias, onde o estado detém o controle da companhia com 51% das ações, é a solidificação da indústria e o desenvolvimento da tecnologia no país, que o Salão de Pequim retrata bem.
Vamos começar com as duas chinesas: a JAC está mostrando a nova versão do J6, todo mudado, linhas modernas. Ele chega ao mercado chinês no segundo semestre e começa a ser vendido no Brasil no início do ano que vem. Outro destaque da marca é o pequeno J2, que recebe modificações para o mercado brasileiro, onde começa a ser vendido em outubro. Algumas das mudanças feitas pela JAC Brasil estão presentes no J2 que está em exposição, o que faz supor que a matriz poderá adotar as alterações também para a versão a ser vendida na China.
Outra novidade apresentada aqui que vai chegar ao Brasil em breve é o novo J3, com mudanças estéticas e mecânicas. A versão brasileira terá motor flex sem o tanquinho de gasolina.
Entre as novidades da Chery, a que chega mais rapidamente ao Brasil é o Celer, o sedã pequeno que começa a ser vendido em setembro. Outros dois carros da marca vendidos no Brasil tiveram mudanças: o QQ, com frente nova, e o Tiggo, que foi remodelado. Mas a Chery Brasil não revelou quando as duas novidades começam a ser vendidas.
A Chery mostra também um carro conceito que deverá servir de base para a produção do futuro utilitário esportivo pequeno, portanto substituindo o Tiggo. É o TX, cuja previsão de produção é apenas para 2013.
No estande da Hyundai, o novo Santa Fé atrai a atenção. O carro ficou realmente muito bonito. Na Fiat, o Viaggio é a atração. Não há informação oficial, mas o sedã deverá ser a nova tentativa da Fiat de emplacar um carro no segmento dos médios no Brasil. Na China, o Viaggio terá uma versão 1.4 turbo, o mesmo motor T-Jet que a Fiat usa no Brasil.
Tem até carro brasileiro, o Ecosport, inacessível no estande da Ford. A nova versão desenvolvida no Brasil já foi lançada duas vezes no exterior. Na primeira apresentação mundial, no Salão da Índia, em janeiro, a Ford foi obrigada a fazer m evento em Brasília, mas não mostrou o carro, apenas uma versão feita de cera. Nesta semana, mostrou o carro em Salvador, outra vez para não ficar pra trás, pois o mundo está vendo mais uma vez o carro na China. O Ecosport, no entanto, não está atraindo a atenção dos chineses.
Outro carro apresentado aqui foi o utilitário esportivo conceito desenvolvido pela Peugeot do Brasil, que deverá ser o futuro modelo da marca a ser fabricado em Porto Real.
Carros populares, cópias autorizadas e alto luxo no Salão de Pequim
A indústria automobilística chinesa tornou-se a maior do mundo fazendo parcerias com as marcas mundiais. A empresa chinesa faz uma joint venture com a estrangeira por dez anos. Nesse período a fabrica produz cópias dos carros estrangeiros e absorve a tecnologia. A multinacional, que também fabrica seus modelos originais, recebe como prêmio o passaporte para a entrada no maior mercado do mundo.
O resultado dessa operação pode ser constatado no Salão de Pequim, que abre as portas ao público nesta quarta-feira, na capital chinesa. Num único estande é possível encontrar duas, três, quatro marcas de carros, que no mercado internacional são concorrentes e aqui são parceiras.
No estande da Changan o visitante conhece o Ford Focus, o Mazda 3, o Suzuki SX4 e o Citroën DS4. Estadunidenses, europeus e japoneses convivem em harmonia, tendo ao lado as versões chinesas desses mesmos modelos, com a marca Changan e nomes diferentes para cada carro.
O estande da SAIC também é uma "babel". A empresa, uma das maiores fabricantes de veículos da China, tem parceria com a Volkswagen, a GM e a MG. A Volkswagen, por sua vez, também divide uma unidade fabril com a FAW, outra grande fabricante. A parceira da Denza é a Mercedes-Benz e a da Hawtai é a BMW, que fabrica aqui o Série 3.
Nomes desconhecidos no Ocidente misturam-se com os de marcas famosas. No estande da Luxgen, peruas e utilitários esportivos. No Dongfeng, sedãs, jipes 4 X 4 e até um carro elétrico. Isso sem contar marcas que o brasileiro conhece bem, como as que atuam no Brasil, como JAC, Chery, Lifan e algumas menos conhecidas, mas que devem apontar em terras brasileiras muito brevemente, caso da Geely e da Haima, ambas com produtos de alta qualidade e lançamentos em vários segmentos.
Ao lado das chinesas estão os mais novos lançamentos da Porsche, Ferrari, Rolls Royce, Bentley e outros luxos, como a Lamborghini, que tem um dos estandes mais visitados. A marca italiana escolheu Pequim para o avant première do seu primeiro utilitário esportivo. O Urus, ainda um protótipo, foi mostrado ontem, atraindo a atenção dos chineses, eles também, apaixonados por carro.
O resultado da estratégia de abertura do mercado através de parcerias, onde o estado detém o controle da companhia com 51% das ações, é a solidificação da indústria e o desenvolvimento da tecnologia no país, que o Salão de Pequim retrata bem.
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