Segundo a assessoria do Facebook no Brasil, o bloqueio do conteúdo pode ocorrer de duas formas: automática (''robôs'' buscam por infrações comuns à política do site, como cenas de nudez) e reativa (os próprios usuários da rede informam sobre o conteúdo ofensivo). Nesse segundo caso, ocorre ainda uma avaliação pela equipe do Facebook se a denúncia é procedente ou não. A rede informa que, nos casos de bloqueio do perfil, o usuário pode tentar reativá-lo através de um link que explica por que aquilo pode ter ocorrido.
O bloqueio e até proibição de usar Facebook pode acontecer com qualquer um dos quase 1 bilhão de perfis no site. Se a rede social julgar que alguma informação publicada pelo usuário não está em acordo com a política de uso do serviço, o conteúdo é retirado do site. Na maioria das vezes, são os próprios usuários da rede que deduram o que acham ''ofensivo'' -- e os critérios da rede na retirada do conteúdo são bastante questionáveis.
Veja a seguir alguns casos reais
Imagens ''ofensivas'' - Hays Lynch (dir.), 37, tem uma empresa de fotografia na Inglaterra e resolveu publicar no seu perfil algumas fotos do portfólio da empresa. Em uma delas, uma mulher grávida só de calcinha, cobrindo os seios com as mãos. Hays teve então seu perfil bloqueado, porque o Facebook julgou a ''nudez inapropriada''. Em outra foto publicada por ela, mulheres apareciam nuas e de costas, segurando guarda-chuvas. ''É quase nada pornográfico, não?'', protestou
Imagens ''ofensivas'' - A imagem acima foi publicada no blog Bidê Brasil, da ativista Luka Franca, quando ela teve a conta suspensa pela segunda vez por três dias no Facebook. A montagem circulou na rede social após a Marcha das Vadias (protesto à violência contra as mulheres) no Brasil. O primeiro bloqueio deixou a conta 24 horas inacessível e ocorreu em maio, quando a foto original (em que Luka aparece com a filha de 3 anos) foi publicada em um álbum privado. O segundo aconteceu quando ela compartilhou a imagem do mem.
Imagens ''ofensivas'' - Outro perfil que teve conteúdo censurado por publicar fotos de manifestantes nuas foi o da Marcha das Vadias de Belo Horizonte. A mensagem da própria rede social, publicada na página do movimento, avisa que o conteúdo ''violou a declaração de direitos e responsabilidades''
Imagens ''ofensivas'' - O repórter Alexandre Orrico, da Folha de S. Paulo, também teve seu perfil bloqueado ao compartilhar a foto de Luka Franca. Na ocasião, uma mensagem notificou o jornalista de que ele tinha compartilhado ''conteúdo pornográfico''. A suspensão, temporária, seria maior caso o ''infrator'' publicasse novamente conteúdo semelhante
Imagens ''ofensivas'' - Emma Kwasnica, 33, uma mãe canadense que publicou fotos amamentando o filho teve a conta suspensa sob a alegação de que continham ''conteúdo sexual explícito''. Emma, ativista pela amamentação, tinha outras 200 fotos similares no perfil. Na época, o Facebook se manifestou sobre o caso, afirmando que a maioria de fotos de mulhers amamentando estavam de acordo com sua política de uso da rede, porém o conteúdo do perfil de Emma havia sido denunciado por outros usuários da rede como ''inadequado''
Imagens ''ofensivas'' - A americana Lauren Ferrari teve o perfil bloqueado por uma semana no Facebook, depois de publicar uma foto em que sua filha de 5 anos fingia amamentar sua outra filha, de 2 anos. ''Ela disse que estava amamentando seu bebê. Não achei que era inapropriado'', disse.
Imagens ''ofensivas'' - O ex-tatuador e palestrante motivacional Scary Guy, 58, teve seu perfil apagado no Facebook depois de publicar uma imagem de seu rosto (completamente tatuado) em um anúncio que divulgava suas palestras. Segundo a rede social, a imagem foi denunciada como ''ofensiva'' por muitos usuários da rede, que então apagou o perfil
Imagens ''ofensivas'' - A foto acima foi retirada do perfil do UOL Notícias no Facebook, sob a alegação de que violava os termos de uso da rede por conter ''ameaças críveis para prejudicar outros, apoio a organizações violentas ou conteúdo ofensivo''
Imagens ''ofensivas'' - Depois de vencer uma batalha contra o câncer de mama, Joanne Jackson, 40, quis mostrar sua história no Facebook e compartilhou 11 fotos mostrando o resultado da mastectomia. Mas o conteúdo foi retirado do ar pelo Facebook por mostrar ''cenas de nudez''. No Twitter, Joanne criticou a censura. ''Eu vejo uma mulher forte. E vocês?'', tuitou
Conta falsa - O Facebook não permite que alguém crie uma conta se passando por outra pessoa, marca ou empresa, conforme consta nos termos de uso na rede. Assim, se você é xará de alguém famoso, a probabilidade de ter a conta banida é alta. Foi o que aconteceu com Selena Miranda Gomez, que teve o perfil apagado por não ser ''autêntico''. O Facebook julgou que ela tentou se passar pela cantora Selena Gomez (dir.), namorada de Justin Bieber
Conta falsa - Outro caso curioso é o de Mark Zuckerberg. Não o fundador da rede social, mas o advogado americano morador de Indianopolis. Homônimo do jovem bilionário que criou o Facebook, ele teve o perfil apagado ao ser confundido com uma conta falsa. Desfeito o engano (após o caso ganhar os holofotes midiáticos), teve seu perfil reativado
Imagens ''ofensivas'' - Uma imagem que mostra um casal de homens se beijando foi considerada ofensiva e retirada do ar pelo Facebook, que posteriormente reconheceu o erro e a publicou novamente. Ela ilustrava uma página criada pelo apresentador de televisão britânico Richard Metzger, convocando um ''beijaço'' em protesto contra atos preconceituosos
Conta compartilhada - O Facebook em seus termos de uso deixa claro que só você pode usar sua conta. E assim que Karen Williams, cujo filho morreu em um acidente de moto em 2005, entrou em contato com a rede social dizendo que tinha a senha do perfil, impediu o acesso da mãe. Ela queria que o Facebook mantivesse a conta no ar, para olhar posts e comentários de amigos do filho. Karen entrou com uma ação contra a rede social e, depois de dois anos, conseguiu permissão para acessar a conta do filho, mas apenas por dez meses. Depois do período, a conta foi apagada
Spam - O Facebook cancelou a página de um grupo de mães norte-americanas. Segundo a rede social, elas foram confundidas com spammers tamanha era a quantidade de mensagens que trocavam todos os dias (de 220 a 300). Em alguns casos, o site teria exigido que as mães digitassem uma combinação (CAPTCHA) para certificar que não eram sistemas automáticos enviando mensagens por aí. O desentendido foi solucionado depois que as mamães fizeram muito barulho em protesto
Imagens ''ofensivas''- O Facebook afirma em seus ''padrões de comunidade'' que tem uma política rigorosa contra material pornográfico no site. Mas depois de vários casos polêmicos, em que mulheres apareciam nuas, mas em situações sem caráter ''pornô'', a rede social acrescentou que ''respeita o direito das pessoas em compartilhar conteúdo com importância pessoal'', como esculturas e fotos de família com mães amamentando
Uol Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário