Dançarino foi assassinado e enterrado na tarde desta quinta
A juíza Thelma Fraga, coordenadora do projeto Funk Arte, que dá apoio veio enterro, disse acreditar na hipótese de crime provocado por homofobia.
Preta Gil esteve no enterro do dançarino e prestou sua homenagem ao jovem
- Ele vai dançar comigo para sempre, receber eternamente meu amor. Me apaixonei quando o vi dançando.
A cantora chamou Gambá para se apresentar em seu último show, na Mangueira, no dia 30 de dezembro. Ela disse que o jovem se apresentou por dez minutos e foi ovacionado pelo público. Quando viu o sucesso que o dançarino fez, Preta resolveu chamá-lo para se apresentar em todos os shows que faria no Rio.
- Ele não era o melhor, mas tinha um estilo diferente, que era só dele. Era realmente um bailarino, se estudasse com certeza seria um grande bailarino.
A cantora disse que se ofereceu para pagar as despesas do enterro, mas a Santa Casa se antecipou em arcar com os custos do sepultamento e remoção. A cantora diz que pagou "despesas adjacentes" da família.
Homofobia
- É uma possibilidade sim, porque ele quebrou paradigmas por ser homem e dançar assim. Ele pregava um funk sem violência, trouxe inovação no jeito de dançar funk com passos de balé, kuduro [dança angolana] e com trejeitos femininos. Ele era uma pessoa irreverente, era brincalhão e dócil.
Thelma conheceu Gambá quando foi jurada no concurso Batalha do Passinho, em setembro do ano passado.
A família do dançarino não quis falar sobre as investigações do assassinato. A mãe do jovem disse que ainda não foi procurada pela DH (Divisão de Homicídios), que investiga o caso. A reportagem do R7 não conseguiu falar com a investigação da DH.
Gambá ficou famoso após vencer uma disputa de passos de dança entre funkeiros de favelas do Rio. O funkeiro desapareceu na noite de Réveillon. A DH (Divisão de Homicídios) investiga as causas da morte do jovem de 22 anos.
No Facebook, amigos do funkeiro organizam um encontro para homenageá-lo na praia do Arpoador no próximo domingo (15).
O Disque-Denúncia publicou um cartaz em busca de informações sobre o possível assassino de Gambá. Até às 17h30 desta quarta, o órgão recebeu cinco ligações sobre o caso.
Mariana Costa, do R7
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