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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Praia da zona oeste do Rio é revitalizada e ganha areia do fundo mar


praia

Após dez anos de reivindicações dos moradores, a praia de Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, finalmente começa a ganhar nova cara. Com a reposição de areia, proveniente do fundo mar, e retirada de lama, uma importante área de lazer será devolvida à população. Segundo Iel Jordão, diretor do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), esse é apenas um dos vários projetos para a região.

- O local era muito degradado. A nossa tentativa é reconstituir a faixa de areia e restabelecer um espaço de diversão. A revitalização é feita com dragas que funcionam em jazidas e retiram a areia do mar. A água, porém, continua poluída e não tem nada a ver com o trabalho executado. Em uma segunda etapa, a ideia é restabelecer o píer dos pescadores e, depois, iniciar um serviço urbano com a criação de calçadão, colocação de quiosques e iluminação.

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A nova previsão para o término do serviço, que começou em 2010 e deveria acabar em abril deste ano, é outubro. A dificuldade de navegação no local raso tem atrapalhado o desempenho da obra, mesmo com um investimento de R$ 46 milhões.
De acordo com Edimar Teixeira, subprefeito da zona oeste do Rio, apesar dos obstáculos, o serviço não vai parar até mesmo pela importância na saúde dos habitantes da região.
- A revitalização oferecerá uma vida mais saudável a 40 mil moradores, pois as línguas negras que ali se encontravam eram totalmente poluídas com restos e fezes de animais mortos, ocasionando doenças.
A luta dos moradores começou há cerca de dez anos, quando integrantes da ONG Cores (Comissão Revitalização de Sepetiba) decidiram realizar protestos para pedir a recuperação da praia. Magali Jordão, colaboradora do grupo, conta que o local virou um lixão devido à quantidade de lama e despreparo da população.

- A praia de Sepetiba tinha água cristalina até que, para fazer o canal de acesso dos navios ao porto, inaugurado na década de 80, houve uma grande dragagem de lama. Esta lama, ao invés de ter sido jogada no oceano aberto, foi colocada dentro da própria baía. A correnteza, então, levou a lama às margens das praias, provocando um assoreamento, que impedia a chegada de água para lavar a areia da orla. Assim, houve um acúmulo de lama e sujeira, o que formou um verdadeiro lixão. A revitalização é uma questão de saúde pública.

Um trecho da obra já foi liberado, o que beneficiou moradores e comerciantes. Para o ambulante Nilo de Oliveira, 62 anos, o movimento melhorou desde a inauguração.

- Nós conseguimos fazer o nosso primeiro Carnaval na areia e foi ótimo. A praia já está sendo palco de grandes eventos e nós trabalhamos com 45 barraquinhas no local. 

R7.com

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